O Pragmatismo
como Fundamento das Reformas Educacionais no Brasil
No primeiro ano de meu único mandato como Coordenador do Grupo de Trabalho de Políticas de Educação Superior da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) (2005-2006), propus a realização de uma coletânea dos trabalhos apresentados e discutidos, em cada reunião anual da associação, em suas várias formas: trabalhos encomendados, sessões especiais e trabalhos apresentados e debatidos no grupo. A proposta foi aceita.
Agora que apresentamos o segundo volume da coleção Políticas Universitárias sob o título O Pragmatismo como Fundamento das Reformas Educacionais no Brasil, noto a repercussão e o significado da vontade do coletivo, que eu apenas exprimira. No entanto, quando o fiz, pensava em minha trajetória do grupo de trabalho, desde 1991, e nas diversas fases pelas quais ele passou sempre marcadas por um movimento que se intensificava na educação superior e, quase sem mediações, se expressava no nosso grupo: o processo de expansão do setor privado de forma muito mais profissional do que nas décadas de 1970 e 1980 de um lado e de outro, a mercantilização das universidades públicas. Nesse período, talvez, o evento mais marcante tenha sido a mudança do modelo de avaliação da CAPES o que afetou o Grupo de Trabalho de Políticas de Educação Superior da ANPEd, que foi, por força do processo mercantil, reconfigurado. Políticas Universitárias pode ter muitos significados e objetivos, porém, ela é, sobretudo, um ato político de resistência a esse processo.
Sumário
Capítulo 1.
Reflexões sobre as Mudanças nas Instituições da República e a Acentuação do Pragmatismo no Brasil
João dos Reis Silva Jr.
Capítulo 2.
Universidade e Educação Corporativa sobre Formação de Trabalhadores e Políticas Igualitárias
Elisa Maria Quartiero
Lucídio Bianchetti
Capítulo 3.
A Universidade Tecnológica entre o Público e o Privado: pragmatismo e determinismo tecnológico na reforma da educação superior
Domingos Leite Lima Filho
Capítulo 4.
Confluências e Disjunções nas Políticas de Educação Superior na América Latina: Argentina, Brasil, Chile e México – ou 4 funerais e uma união consensual
Afrânio Mendes Catani
Ana Paula Hey